1. Descreva a diferença entre omento e meso?

    O meso é uma prega peritoneal que une a parede abdominal a uma víscera. O omento é uma prega peritoneal que une duas vísceras.

  2. Como podemos dividir a cavidade peritoneal e qual a estrutura anatômica que propicia tal divisão?

    A cavidade peritoneal pode ser dividida em duas porções: andar supramesocólico e andar inframesocólico. Essa divisão é feita a partir do mesocólon transverso, que une a parede abdominal ao cólon transverso. O fígado divide o andar supramesocólico em espaço suprahepático e espaço subhepático. O espaço suprahepático é dividido pelo ligamento falciforme em recesso subfrênico direito e recesso subfrênico esquerdo. O espaço subhepático é dividido pelo forame epiploico em recesso hepatorrenal e bolsa omental. O andar inframesocólico pode ser dividido em: goteira paracólica direita, goteira paracólica esquerda, recesso mesentérico-cólico direito e recesso mesentérico-cólico esquerdo.

  3. Quais são os limites do forame epiploico?

    O forame epiploico comunica a cavidade peritoneal maior (pelo recesso hepatorrenal) e a bolsa omental. Anteriormente, limita-se pelo ligamento hepatoduodenal. Posteriormente, limita-se pelo peritônio parietal sobre a veia cava e o pilar direito do diafragma. Superiormente, limita-se pelo fígado, coberto por peritônio visceral. Inferiormente, limita-se pela parte superior do duodeno.

  4. O que é bolsa omental?

    A bolsa omental (ou retrocavidade dos epíplons) é um espaço posterior ao omento menor e ao estômago, que se comunica com a cavidade peritoneal maior pelo forame de Winslow.

  5. Descreva o espaço hepato-renal (Morison) e qual sua importância?

    O espaço hepatorrenal consiste em uma região inferior ao fígado, à direita do ligamento hepatoduodenal, incluindo o rim direito. Configura uma extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitos. O líquido peritoneal do recesso subfrênico direito e da bolsa omental são drenados para o espaço hepatorrenal, pela ação da gravidade, de modo que há passagem significativa de líquido peritoneal nessa região. A avaliação desse recesso é importante no caso de traumas abdominais, visto que pode haver acúmulo de líquido. Lacerações do fígado, por exemplo, podem gerar coleções líquidas nessa região.

  6. Cite 3 vísceras classificadas como coalescidas?

    Cólon ascendente; cólon descendente; duodeno e pâncreas

  7. Qual é a diferença entre uma víscera retroperitoneal e uma coalescida?

    As vísceras retroperitoneais (primárias) são estruturas relacionadas à parede posterior do abdome e envolvidas pelo peritônio parietal em sua porção anterior, desde o início do seu desenvolvimento embrionário. As vísceras coalescidas também são chamadas de vísceras retroperitoneais secundárias, uma vez que essas vísceras estiveram no centro na cavidade abdominal durante seu desenvolvimento e seus mesos sofreram regressão gradual e reabsorção. Essas estruturas foram intraperitoneais durante seu desenvolvimento.

  8. Qual é a esqueletopia do tronco celíaco e quais vísceras irriga?

    O tronco celíaco deixa a a. aorta na altura de T12. O tronco celíaco emite três ramos principais (a. gástrica esquerda, a. hepática comum e a. esplênica), que se ramificam posteriormente, emitindo ramos para diversas vísceras. Os ramos do tronco celíaco irrigam: estômago, fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas e duodeno.

  9. Descreva a formação da arcada de Riolan?

    A arcada de Riolan se forma a partir da anastomose das aa. cólica direita, cólica média, cólica esquerda, sigmoídeas e retal superior. Desse modo, faz-se uma anastomose importante entre ramos das artérias mesentéricas superior e inferior. A partir da a. marginal, surgem as artérias retas, que se direcionam para o intestino grosso.

  10. Descreva a formação da veia porta?

    A veia porta se faz pela união da veia mesentérica superior e a veia esplênica. A veia mesentérica inferior drena para a veia esplênica. As veias gástricas direita e esquerda desembocam diretamente na veia porta. As veias gastroepiploicas direita e esquerda desembocam na veia mesentérica superior.